domingo, 7 de agosto de 2016

Duchen Especial

Matéria que a convite do Américo Teixeira Jr. publiquei na extinta revista da FASP (ano 1 - numero 2 - dez/2009). Era para ser um série delas, mas a revista deixou de ser publicada.
Luiz Valente foi um dos feras no tempo das carreteras e dos mecânica nacional. 
Ele tinha acabado de fazer 99 anos e merecia uma homenagem, mesmo que pequena, nem tanto em função de sua idade, mas sim em função de sua longeva e vitoriosa carreira automobilística. (veja aqui)
Sempre achei muito estranho não ver, só como exemplo, um troféu com o nome de Celso Lara Barberis, ele venceu a primeira edição da prova "500 Km", foi seu primeiro tricampeão e morreu na prova do "500 Km" de 1963. Não merecia? 
De Luiz Valente também, pouquíssimos se lembram, homenagens então... nunca existiram.
Essa matéria eu tirei meio a "forceps" com o Américo, pois ele também pensa mais ou menos como eu, que os pioneiros deviam ser lembrados sempre.
Em tempo, meses depois da matéria Valente veio a falecer: 4 de fevereiro do ano seguinte.


segunda-feira, 1 de agosto de 2016

José Asmuz (1927 / 2016)

Recebi e-mail hoje de meu amigo (virtual) Paulo Roberto Renner, lá de Porto Alegre (RS), dando conta do falecimento de José Asmuz.
Nascido em São Francisco de Paula em 21 de novembro de 1927, ele foi piloto automobilismo e dirigente do Sport Club Internacional de Porto Alegre (RS), além de suas atividades normais. Asmuz tinha 89 anos e foi vítima de uma parada cardíaca
Do inicio da década de 50 até o ano de 1968 foi piloto, sempre com carretera Ford. Sua primeira vitória foi na prova “Cidade de Pelotas” em 26/06/56, foi 8º colocado na “I Mil Milhas Brasileiras” em 24/11/56 em dupla com Raul Wigner. Tornou-se também um dos maiores rivais de Catarino Andreatta que na época era considerado o maior piloto de carreteras do Rio Grande do Sul. 
Foi campeão gaúcho de automobilismo em 1963.
Na carretera dele que Emerson Fittipaldi, aos 11 anos, andou pela primeira vez, nos treinos da “II Mil Milhas Brasileiras” em 1957, num carro de corridas:
“- Minha primeira experiência dentro de um carro de corrida foi dentro de uma carretera do Asmuz, sentado no tanque de gasolina”, conta Emerson.
Com a vitória dos paulistas Jan Balder e Chico Landi no “500 Quilômetros de Porto Alegre” de 1968 a bordo de uma BMW 2002, ele e outros pilotos gaúchos perceberam que a época de ouro das carreteras havia acabado. A partir de 1970 passou então a competir de Chevrolet Opala, chegando inclusive, a fazer dupla com o radialista e também piloto Pedro Carneiro Pereira, até se aposentar em meados dos anos 1970.
Pouco depois da trágica morte de Pedrinho em Tarumã Asmuz diminuiu seu envolvimento dentro das pistas. Pedro Carneiro Pereira morreu, aos 35 anos, num acidente do Campeonato Gaúcho de Turismo de 1973. Além disso, começavam seus compromissos com o Internacional de futebol, outra de suas paixões, que Asmuz levou aos títulos gaúchos de 1981, 1991 e 1992..
Foi presidente do Sport Club Internacional nos períodos 1980/1981 e 1990 a 1993, Asmuz estava no comando do clube no título da Copa do Brasil de 1992 e na primeira final de Copa Libertadores de um clube gaúcho, em 1980.

Página do livro "Automobilismo no tempo das carreteras" de Paulo Roberto Renner e Luiz Fernando Andreatta

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