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segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

Fangio e a propaganda

Reprodução - Anúncio de 1958 - Revista "Carro a vista"
Hoje em dia seria possível isso? Um esportista fazendo propaganda de cigarros? Com essa chatice do "politicamente correto"?
Eu particularmente não fumo e nem gosto de cigarros, mas tudo bem, quem quizer que fume, cada um que cuide de seu pulmão da forma que bem entender.
Sabaddo Umberto D'Angelo, italiano radicado no Brasil, presidente da fábrica de cigarros SUDAN fundada em 1913 por ele e sua esposa no Brás, tradicional bairro paulistano, e que fabricava os cigarros Finesse, Mistura Fina, Fulgor, Louvre e Aspasia, entre outros.
O nome da empresa ele formou combinando a primeira letra de seus nomes (S-U-D'AN).
Chamado de o "Comendador", desde os áureos tempos da Gávea era um entusiasta do automobilismo, apoiou diversos pilotos, patrocinou a realização de diversas provas e foi em outras ele mesmo homenageado.
Também patrocinava os pilotos que vinham correr no Brasil, foi ele, por exemplo, quem bancou as despesas da scuderia Ferrari para participar do Circuíto da Gávea e do GP Cidade de São Paulo, corrido nas ruas do Jardim América em 1936 com Pintacuda e Marinoni, e novamente em 1938 com Pintacuda e Tadini, (a equipe ainda corria com carros Alfa Romeu), e principalmente Juan Manuel Fangio, um ídolo sul-americano, que quando vinha ao Brasil sempre contava com o apoio e o patrocínio da SUDAN. Então nada mais natural, já que não havia essa chatice do "politicamente correto", que o patrocinado aparecesse na propaganda do patrocinador.

terça-feira, 26 de julho de 2016

Fangio em Interlagos - 1965

Juan Manuel Fangio esteve no Brasil em fevereiro de 1965 para a entrega do "Premio Victor" da revista Quatro Rodas aos pilotos
brasileiros que se destacaram em 1964 (veja vídeo abaixo). 
Ficou por 5 dias e cumpriu extensa lista de compromissos que incluíam visitas às fábricas Willys, Simca e Vemag. 
Depois foi a vez de experimentar alguns dos carros de corrida na pista de Interlagos. Andou, não sei a ordem, no Alpine A-110 com motor R8, com o DKW "Mickey Mouse" e com o Simca Abarth, ciceroneado pelo seu amigo Chico Landi, então chefe da equipe Simca de Competição.
Vejam filme logo abaixo das fotos.

Foto da revista 4 Rodas

Foto da visita à Willys, vendo-se Greco e Nelson Enzo Brizzi (Preparador)


Fangio saindo para uma volta com o DKW "Mickey Mouse"

Filme com Fangio pilotando o Simca Abarth


Vejam também uma postagem sobre seu sequestro em Cuba, em 1958, clique aqui.


terça-feira, 20 de julho de 2010

Fangio, o sequestro em Havana

Fulgêncio cumprimenta Fangio, provavelmente antes do sequestro, nos treinos... ou não.

Algumas horas antes da largada do II Grande Premio de Cuba, em 24 de fevereiro de 1958, Fangio, o melhor piloto do mundo, foi sequestrado pelo movimento guerrilheiro "26 de julho", comandado por Fidel Castro a partir de “Sierra Maestra”.
"Desculpe, Juan, mas vai ter que me seguir." disse o guerrilheiro na noite anterior ao Grande Premio. Foi no saguão do Hotel Lincoln, em Havana, quando o guerrilheiro interrompeu sua conversa com os mecânicos. Amparado por uma pistola calibre 0,45, ele o obrigou a segui-lo até a rua onde um carro estava esperando. "Eu estava esperando o guarda tirar sua arma para jogar-me ao chão, como em filmes de ação", lembrou Juan Manuel Fangio mais tarde.
Nenhum tiro, Alejandro D'Tomasso, um dos corredores, fez um movimento, mas o guerrilheiro disse: "Cuidado... abrirei fogo se você se mover novamente”. D'Tomasso estava muito preocupado com a situação "Eu pensei que aquelas pessoas estavam dispostas a qualquer coisa", diria mais tarde.
O guerrilheiro ainda repetiu: "Outro movimento e eu mato!", frente aos movimentos desconfortáveis de Stirling Moss, outro grande corredor presente.
Marcelo Giambertone, manager de Fangio, lembraria, durante as horas do sequestro, a confiança dele em vencer a corrida e a coragem que mostrou: "... veio o homem da jaqueta de couro, e acho que o menos nervoso de todos foi Juan Manuel. Ele sempre mostrou nervos de aço, até sorriu quando o ameaçaram com uma pistola ...". Com a arma nas costas, sem violência mas com firmeza, foi forçado a sair e embarcar num Plymouth preto, enquanto outros cúmplices, também armados, cobriam a retirada.
Lhe disseram que se fossem descobertos as balas colocariam em risco a vida de todos, Fangio então pediu um gorro porque achava que poderiam identificá-lo pela "careca", mas não tinham nada, aí se acomodou encolhido no piso do carro. Foi então que se deu conta que o sequestro era real, pois no principio pensava que era uma réplica à uma brincadeira feita com Giambertone (veja a piada).
Ele ainda não havia sido libertado quando a corrida foi interrompida por um acidente, o carro do piloto cubano Armando Garcia Cifuentes derrapou numa curva e arremeteu contra os assistentes, resultado: seis pessoas morreram e trinta e duas ficaram feridas! A prova foi interrompida (na quinta volta), tendo sido declarado vencedor Stirling Moss. (veja no vídeo o acidente).
A prova abria o calendário do campeonato mundial de carros esporte e contava com a presença de pilotos de F-1, o britânico Stirling Moss, que também deveria ter sido sequestrado segundo o plano dos guerrilheiros, Phil Hill, Jo Bonnier, Carroll Shelby, o francês Maurice Trintignant, entre outros. Fangio correria com uma Maserati 450S e tinha feito o melhor tempo nos treinos, enquanto que Moss pilotaria uma Ferrari. A Maserati 450 S, com que ele correria era propriedade de um americano, e já tinha corrido na Venezuela, e embora no domingo (a corrida foi numa segunda-feira, não me perguntem porque), 23 de fevereiro, Fangio tivesse estabelecido o melhor tempo no treino classificatório, o carro tinha alguns problemas.
Até a hora da largada da competição o destino de Fangio era ignorado.
O motivo do sequestro foi político, pois com o ato Fidel queria chamar a atenção do mundo para o que estava acontecendo em Cuba. Fulgêncio era (e ainda é) chamado por alguns de ditador, mas na verdade era um desses presidentes que por meios lícitos ou ilícitos permanecem no poder “ad aeternum” como Getulio Vargas, Hugo Chávez, Evo Morales, etc..., e foi finalmente derrubado do poder em 1 janeiro de 1959 pelo movimento liderado por Fidel Castro, esse sim depois de assumir o poder se transformou num ditador, mas não cabe à esse modesto Blog tecer comentários políticos, muito menos julgar fatos que se passaram já há tempos e em terras tão distantes.
Em 1959, Fidel Castro, que liderou a Revolução Cubana contra o presidente Fulgencio Batista, não era comunista, aliás, os comunistas apoiavam Batista e não confiavam em Fidel. Fidel Castro mobilizou a juventude cubana e lutou contra o analfabetismo (que era de 40 %), realizou a reforma agrária, desapropriando propriedades de americanos, que eram indenizados pelo valor declarado no Imposto de Renda do exercício anterior, muito abaixo do valor real, é claro, provocando descontentamento entre os proprietários mais ricos, o que levou os EUA a considerarem o líder cubano um inimigo. Cortaram então a compra de açúcar cubano, levando Fidel a se aproximar da União Soviética e dois anos mais tarde instaurar um regime de orientação marxista e partido único.
Anos depois, Fangio declarou ter sido muito bem tratado pelos seqüestradores durante os dias em que ficou em poder deles. Em 1992, quando Fangio esteve no Brasil, fez esse comentário: Eles queriam derrubar a ditadura, mas acho que acabaram implantando outra...”
 

Consultem também:


Matéria publicada no semanário cubano “Zig-Zag” de 15 de março de 1958

Clique para ampliar

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Modena - 1957

Já que postei um filme do Jim Clark e disse ser "o melhor", agora vou postar outro video, esse de Fangio o outro piloto que também acho "o melhor", ou seja, os dois são os melhores de todos os tempos, digam vocês quem acham "o melhor".
1957, uma volta na pista de Modena a bordo da Maseratti 250F de Juan Manuel Fangio.

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