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sábado, 12 de dezembro de 2015

"Rio Negro"

Rio Negro era o apelido adotado por Fernando Antonio Mafra Moreira quando começou a correr de automóveis em 1960. Ele só voltou às pistas em 1962 e só é lembrado por seu acidente fatal em Interlagos, pouco se sabe dele e de sua carreira.
Essa era a imagem mais conhecida dele. Na Internet talvez a unica:
Ele nasceu em 8 de maio de 1936 na cidade de Agudos (SP), era casado com Dna. Aurea e não teve filhos. Foi bancário (Bco. Meridional) mas abandonou a carreira para abrir uma loja de automóveis, e em 1960 comprou de Agnaldo de Goes Filho uma Maserati com motor Corvete e fez sua estreia no "III 500 Km de Interlagos" em 1960 correndo em dupla com o então também jovem Bird Clemente, chegaram em sexto lugar. Nesse ano só fez essa corrida e esse resultado lhe deu o decimo lugar no Campeonato Paulista na Categoria Mecânica Nacional Força Livre.
Não sei o que fez desse carro, deve ter vendido, o que se sabe é que só voltou a correr em 1962, e de Volkswagen, fez duas corridas com resultados ruins e uma com um segundo lugar.
Ai na realização da prova Festival Automobilístico do ACESP em maio de 1962 ele pediu para Agnaldo de Goes Filho um carro emprestado para participar, Agnaldo não poderia participar, estava com o braço quebrado, então emprestou uma Ferrari para ele.
Eduardo Celidonio que correu nessa prova disse:
"- Eu vinha atrás dele, quase no vácuo, com outra Ferrari Testa Rossa. Naquele modelo, a Ferrari instalou o acelerador no meio da pedaleira. Pude ver com clareza que, ao nos aproximarmos da Curva 1, ele aliviou o pé do acelerador, e em seguida, o pressionou de novo, acreditando, acho eu, se tratar do freio, já que o pedal do meio, normalmente, é o do freio."
Faleceu com 26 anos de idade em 20 de maio de 1962. Segundo diversos ex-pilotos da época, seu corpo não pode ser removido pois dependia de pericia técnica, e o programa consistia de quatro provas, a dele foi a penúltima, depois ainda aconteceu mais uma. Com o corpo ali ao lado da pista.
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segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Djalma Pessolato

Dia 20 passado falei aqui do acidente com o piloto Djalma Pessolato na "II Mil Milhas Brasileiras" em 1957, acidente esse provocado por um cavalo que adentrou ao autódromo e atravessou a pista. Ele corria em dupla com Camillo Christofaro.
Fui dar uma olhada na carreira desse piloto e não achei muita coisa, 
Ele participou da Prova Washington Luiz em 1949 chegando em 14º lugar na geral, outra que achei foi a "I Mil MIlhas" em 1956, onde correu em dupla com Luiz Valente na carretera 52, chegaram em 14º lugar. E foi só, mas ele deve ter participado de mais provas.
O ex-piloto Caetano Damiani, do tempo das carreteras, me disse que Pessolato tinha uma loja na Rua Piratininga, 200.
Nessa mesma prova o piloto Alfredo Santilli também atropelou um cavalo, mas saiu ileso, só precisou parar nos boxes para reparos, seus amigos depois da prova lhe deram um troféu extra oficial: "O Cavaleiro da Pista".
 Pessolato e Luiz Valente na carretera 52 em 1956
Camillo, seu parceiro, fazendo inspeção da carretera na Pça. Charles Miller, em frente ao Pacaembu, o "baixinho" era um repórter

Djalma Pessolato e nova foto do cavalo, agora do jornal O Globo, vendo-se ainda a carreterinha Fiat de Emilio Zambello
Duas fotos do estado em que ficou a carretera depois do capotamento
 Mania de brasileiro: teoria da conspiração

Clique nas imagens para ampliar e poder ler

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Waldemar Santilli

Waldemar Santilli era um amador no automobilismo, o que na verdade hoje chamamos de "gentleman driver", mas era um apaixonado como podem ver clicando aqui para ler uma entrevista dele ao jornal Folha em 1961 às vésperas do "IV 500 Quilômetros de Interlagos", ou aqui para para conhecer seu perfil, ou ainda aqui ainda para saber do acidente que o afastou das corridas.
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quinta-feira, 29 de setembro de 2011

VI 500 Quilômetros de Interlagos

Voltando ao assunto principal desse Blog: o automobilismo de passado recente, vamos lá.
No ultimo post que coloquei sobre a Carretera #34, (veja aqui) comentei do acidente em que “Dinho” (Edmundo Bonotti) faleceu.
Foi em Interlagos nos treinos para o "VI 500 Quilômetros de Interlagos" em setembro de 1963:
“... o piloto Edmundo “Dinho” Bonotti estava na curva da chegada, que se tornava de alta velocidade quando o traçado era feito pelo anel externo com os possantes Chevrolet Corvette V8, embalando muito na subida desde a Curva 3.
Bonotti entrou de “pé embaixo” e atravessou de lado, tentando corrigir a trajetória mantendo o pedal do acelerador no fundo. Ele virou “passageiro”. O carro adentrou a parte traseira dos boxes, atingiu expectadores, batendo na sarjeta, e saiu voando com o motor ainda em funcionamento. Edmundo Bonotti caiu do carro e morreu instantaneamente. O automóvel ainda passou toda a área do pequeno paddock e aterrissou bem longe, perto da árvore da Curva do Pinheirinho
. (Jan Balder, no livro “Nos Bastidores do Automobilismo” - editora: Tempo & Memória).

Bom, depois de tão boa descrição, só resta agora mostrar fotos que o Paulo Trevisan, do Museu do Automobilismo, me enviou há muito tempo atrás, esclarecendo que o Luciano Bonini havia inovado e feito um carro que tinha a carroceria intercambiável, era uma Carretera, mas se transformava no Mecânica Nacional também, e foi com esse carro que Dinho morreu. Depois do acidente Bonini destrocou a carroceria e Caetano Damiani o recomprou da viúva de Dinho.
Veja aqui uma bela foto da carretera #34 disputando posição com a carretera #18 de Camilo Christofaro

"Dinho" durante os treinos...

Saindo dos boxes...

Estado em que ficou o carro.
Fotos: acervo de Paulo Trevisan

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Celso Lara Barberis

Em 9 de julho de 2009 publiquei um post sobre Celso Lara Barberis e seu acidente fatal no "500 Quilômetros de Interlagos" de 1963. 
Não é que no dia 1 de agosto recebi um e-mail de nosso amigo virtual, e leitor, Fabio Farias, que chama a atenção para um detalhe da foto:
"...Por exemplo, sobre o acidente do Barbéris, que foi causado por Amaral Jr., dito por Ciro Cayres. Se você reparar nas fotos do acidente que postou no blog, vê-se o Celso derrapando e em vez de olhar para o barranco onde se chapou, ele está olhando de lado pro carro do Amaral !!! Por que seria ???
O Ciro está na foto, imediatamente atrás, vendo tudo pilotando sua Maserati, que poucos dias antes eu
tinha visto correr em Araraquara... 

Eu acho que ele está pensando: "p.q.p..."
No site e no Blog postei fotos pequenas, então hoje vou postar uma um pouco maior e com o texto que a acompanhava, publicado na Folha de São Paulo de 8 ou 9 de setembro de 1963.
Só corrigindo esse texto da Folha, o Celso estava nessa prova disputando a quarta vitória, tri-campeão ele já era, venceu em 57, 60 e 61.
Eu já disse e não custa repetir, deviam dar seu nome à essa prova, foi o primeiro vencedor em 57, o primeiro tri-campeão e morreu disputando um 500 Km.
Que tal, "500 Quilômetros de Interlagos - Troféu Celso Lara Barberis".

Clique na imagem para ampliar

quarta-feira, 8 de julho de 2009

500 Km de Interlagos - Celso Lara Barberis

Eu gostava de automobilismo e acompanhava de longe, mas em 1963 fui pela primeira vez assistir uma corrida ao vivo, a “500 Km de Interlagos”, já sabia no entanto, pelos jornais e revistas, o suficiente para saber para quem torcer, Celso Lara Barberis, tri-campeão dessa prova e que tentava o quarto título, correndo em dupla com Chico Landi num Landi/Bianco/JK construído pelo "carroziere" esportivo Toni Bianco, mas, como digo no site, a primeira vez que pisei em Interlagos foi a última vez que Celso pisou em uma pista, faleceu num acidente já na primeira volta da prova, que acabou sendo vencida por Roberto Gallucci que tornou-se com a vitória, bi-campeão (já havia vencido em 1962).
Sugeri o ano passado que essa prova fosse chamada de “500 Quilômetros de Interlagos - Prova Celso Lara Barberis”, mas ainda acho que essa sugestão é valida. Porque?
O Celso foi o vencedor da primeira edição, em 1957, depois venceu as edições de 1960 e 1961 (onde, correndo com Emilio Zambello e Ruggero Peruzzo, tirou o 1° e 3° lugares), tornando-se o primeiro tri-campeão da prova, e por ultimo, morreu disputando uma 500Km, a de 1963. Nada mais justo que essa homenagem à ele.
Nos próximos anos ela pode ter o nome de outros vencedores, Luiz Pereira Bueno, por exemplo, o outro tri-campeão dessa prova.

Instantes após o toque de pneus com o carro que vai à frente, a Maserati de Amaral Jr., ele se desgoverna...
... e capota, note a marca da derrapagem, ele bate no barranco e gira no ar caindo virado para baixo.


Veja aqui um vídeo após vencer a edição de 1960 e sagrar-se bicampeão, sendo cumprimentado por amigos e familiares. (cedido por Fernando Lara)

Quem sou eu

prperalta@yahoo.com.br