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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Prova Prefeito Ademar de Barros - 1958

Publicada originalmente em 26 de agosto de 2011

Neste final de semana teremos em Interlagos (SP) mais uma etapa da categoria GT Brasil, teremos também provas de F-1; F-Indy, F-3 Sudamericana, e outras mais para animar nosso final de semana...
Mas eu posto aqui uma foto que, se não me engano, me foi enviada pelo Milton de Mello Bonani, da "Prova Prefeito Ademar de Barros" disputada em 30 de novembro de 1958, como preliminar do "Torneio Triangular Sul-americano", eram carros esporte, algo em que a GT Brasil se assemelha.
Será?

82 - José Gimenez Lopes - Ferrari 250 TR (4º lugar)

36 - Jean Louis Lacerda - Ferrari 750 Monza (2º lugar)
46 - Celso Lara Barberis - Ferrari 250 TR (5º/Abandonou)
12 - Álvaro Varanda - Ferrari 250S (3º lugar)
e, na segunda fila:
9 - Christian Heins - Porsche 550RS (1º lugar)

500 Km de Interlagos - 2009

Publicado originalmente em 19 de julho de 2009

No próximo dia 2 de agosto vamos ter mais uma edição da tradicional prova 500 Km de Interlagos, numa promoção do Automóvel Clube Paulista, que teve sua primeira edição em 1957, e que é, depois da Mil Milhas, a prova mais antiga e tradicional de São Paulo.
Vai ser a 27ª edição da prova, alguns anos não aconteceram edições da prova. Ela era realizada sempre no dia 7 de setembro pelo anel externo do antigo e maravilhoso circuito de Interlagos durante a “Semana da Velocidade”, que tinha as provas: “3 Horas de Velocidade” e “500 Km de Interlagos”, essa sempre no dia 7 de setembro e a mais veloz do calendário.
Na foto que ilustra esse artigo temos o grid de 1960, corrida onde Bird Clemente correu pela primeira e única vez num carro de Mecânica Nacional. Consegue identificar ele na foto?
Temos também, abaixo, a foto do primeiro tri-campeão da prova: Celso Lara Barberis, numa foto de 1963, pouco antes dele falecer na primeira volta da prova tentando seu quarto título.
Bom, para informações temos o site do 500 Km de Interlagos, mas não se anime, ele está um pouco defasado, não tem notícia nenhuma, ainda, sobre a próxima prova, só sobre a de 2008. Então veja aqui, no site da FASP, a programação e os primeiros inscritos para a prova desse ano.
Não deixe de comparecer no dia 2 de agosto, vai ser emocionante! Mesmo não existindo mais o circuito externo, tornando-a uma prova como outra qualquer, tirando sua maior característica, a velocidade.


Clique nas fotos para ampliar.

domingo, 7 de agosto de 2016

Duchen Especial

Matéria que a convite do Américo Teixeira Jr. publiquei na extinta revista da FASP (ano 1 - numero 2 - dez/2009). Era para ser um série delas, mas a revista deixou de ser publicada.
Luiz Valente foi um dos feras no tempo das carreteras e dos mecânica nacional. 
Ele tinha acabado de fazer 99 anos e merecia uma homenagem, mesmo que pequena, nem tanto em função de sua idade, mas sim em função de sua longeva e vitoriosa carreira automobilística. (veja aqui)
Sempre achei muito estranho não ver, só como exemplo, um troféu com o nome de Celso Lara Barberis, ele venceu a primeira edição da prova "500 Km", foi seu primeiro tricampeão e morreu na prova do "500 Km" de 1963. Não merecia? 
De Luiz Valente também, pouquíssimos se lembram, homenagens então... nunca existiram.
Essa matéria eu tirei meio a "forceps" com o Américo, pois ele também pensa mais ou menos como eu, que os pioneiros deviam ser lembrados sempre.
Em tempo, meses depois da matéria Valente veio a falecer: 4 de fevereiro do ano seguinte.


sábado, 25 de junho de 2016

Lulla Gancia (1924 / 2016)

Lulla Gancia faleceu na sexta-feira dia 24 de junho de 2016 aos 92 anos de idade.
Neta do conde Salvadori de Weissenhof, da mais alta nobreza do Tirol Austríaco, Lulla Salvadori de Weissenhof Vallarino Gancia nasceu em Turim (ITA). Seu bisavô construiu os famosos arcos da Via Roma, e o pai chegou a ser prefeito da cidade.
Ela e Piero Gancia se conheceram ainda crianças mas desencontraram-se, após o reencontro, muitos anos depois, o casamento aconteceu e foi um dos grandes eventos da capital piemontesa em 1947. O casal foi morar no castelo dos Gancia em Canelli, região de Asti.
A família de Piero produzia, desde meados do século 19, os famosos vinhos e vermutes Gancia, mas seus pais haviam se mudado para a Argentina com os outros filhos para abrir uma frente de negócios, muito bem-sucedida por sinal, na América Latina.
No castelo, Lulla e Piero tiveram o primeiro filho, Carlo, e, pouco antes dele completar 1 ano partiram para Montevidéu. A Guerra da Coreia estava iniciando, e o temor de uma terceira guerra mundial os levou a deixar a Itália.
No Uruguai, nasceu a primeira filha, Eleonora, a Kika, mas resolveram mudar. E por que não São Paulo, no emergente Brasil? Mudaram-se em 1953, abriram a Gancia, e o sobrenome da família acabou se tornando sinônimo do bom vermute italiano. Foi no país que nasceu a caçula da família, a hoje jornalista Barbara Gancia, que diz:
“- Minha mãe era muito bonita, à frente de seu tempo. Foi feminista sem saber.”
Quando Piero Gancia correu em Interlagos pela primeira vez, aos 39 anos, a bordo de seu Alfa Romeo e fazendo dupla com Celso Lara Barberis em janeiro de 1962, ouviu umas poucas e boas da esposa Lulla, que estava na Europa. Ele tentou convencê-la de que “... não havia nada de mais” em correr, Lulla então decidiu conferir in loco e ficou apavorada. Mas ano seguinte foi sua vez de colocar o carro na pista.
Num sábado de dezembro de 1963, a turma de pilotos amadores, na verdade não existia profissionalismo ainda, convocou seis mulheres, entre esposas e irmãs, para correrem em Interlagos, foi a “Corrida do Batom”. Lulla chegou em terceiro lugar, num Alfa Giulietta, atrás das irmãs Marise Clemente e Leonie Caíres.
Depois participou de apenas mais três provas, nunca foi sua pretensão desenvolver uma carreira automobilística, pelo menos nas pistas.
Piero se tornou popular entre os pilotos e foi um porta voz dos mesmos para reivindicar a reforma da pista de Interlagos devido ao seu estado deplorável e esburacado. Numa das reuniões com o prefeito Faria Lima, no fim dos anos 60, ficou decidida a reforma, mas quem tocaria a obra? De pronto Piero sugeriu o nome da esposa:
“- Não tem pessoa melhor para levar a reforma adiante”, afirmou aos presentes.
Lulla viajou até Monza (por conta própria) para aprender como se fazia uma pista de “Primeiro Mundo”. Escalou engenheiros, adequou o asfalto, reformou os boxes, construiu o gradil de proteção, etc...
“- Foi essa reforma que abriu espaço para que o Brasil abrigasse, em 1972, sua primeira corrida de Fórmula 1, entrando no ano seguinte para o circuito mundial”, relembra Carlo Gancia. A reforma durou dois anos 1968 / 69. 
Saiba e veja foto de Lulla com Stirling Moss, clicando aqui.
Nesse meio tempo, Piero fundiu a Gancia com a Martini e começou a importar Alfa Romeos, Ferraris e Lamborghinis para o País pela Jolly-Gancia onde era sócio de Emilio Zambello.

Carlo Gancia mantém uma galeria de fotos no Pinterest, conheça.
Você pode saber um pouco mais sobre a carreira dela clicando aqui.

quinta-feira, 21 de março de 2013

I Prêmio Juscelino Kubitschek

Em pouco mais de uma década correndo Celso Lara Barberis fez uma carreira vitoriosa e brilhante. Uma das muitas vitórias suas aconteceu na prova Rio-Caxambu (I Prêmio Juscelino Kubitschek) em 1956.
Abaixo vocês têm um recorte do jornal “A Noite” do dia 10 de setembro de 1956, três dias após a prova, naquela época o jornal não saia aos domingos. A prova foi num dia 7 de setembro, sexta-feira.
Se se derem ao trabalho de ampliar e ler a reportagem verão que não há uma classificação geral, só por categoria, mas comparando os tempos montei uma e vejam que houve uma misturada geral:
1º -
Celso Lara Barberis (Esporte Livre)
2º - Godofredo Vianna Filho (Turismo Força Livre)
3º - Kurt Klinger (Turismo Força Livre)
4º - Jair Vianna (Turismo Força Livre)
5º -
Emilio Zambello (Turismo até 1300 cc)
6º - Rafael Santos Rocha (Turismo até 2000 cc)
7º - Ary Santanna (Turismo Força Livre)
8º - Armando Silva (Turismo Força Livre)
9º -
Eugenio Martins (Turismo Força Livre)
10º - Carlos Erimá (Turismo até 1300 cc)


Vão ai também duas fotos dessa prova, uma da chegada do Celso, tomada “emprestada” do Blog http://scuderiabrazil.blogspot.com.br, e a outra, da premiação, me foi cecida pelo Ariel do Automóvel Clube do Brasil que por sua vez a recebeu de Dna. Maria Elizabeth Parkinson, neta do diretor do A.C.B. na época: J. R. Parkinson.
Eu já contei essa historia aqui no Blog e também no site, mas...
Bom, não custa recordar; eu quando adolescente acompanhava automobilismo pelos jornais, todos davam belas coberturas e os eventos sempre lotavam o autódromo, e descobri que haviam alguns pilotos que se destacavam, além de
Chico Landi é claro, entre eles o Celso Lara Barberis.
Quando meu pai nos levou à Interlagos para assistir ao “
500 Km de interlagos” em 1963, eu fui já sabendo para quem torcer: Celso Lara Barberis, que ainda por cima ia correr em dupla com Chico Landi.
Mas, fatalidade, logo na primeira volta ele se acidentou fatalmente na subida dos boxes (antigos), então eu sempre repito: a primeira vez que pisei em Interlagos foi a ultima vez que ele pisou.


Clique nas fotos para ampliar

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Celso Lara Barberis

Em 9 de julho de 2009 publiquei um post sobre Celso Lara Barberis e seu acidente fatal no "500 Quilômetros de Interlagos" de 1963. 
Não é que no dia 1 de agosto recebi um e-mail de nosso amigo virtual, e leitor, Fabio Farias, que chama a atenção para um detalhe da foto:
"...Por exemplo, sobre o acidente do Barbéris, que foi causado por Amaral Jr., dito por Ciro Cayres. Se você reparar nas fotos do acidente que postou no blog, vê-se o Celso derrapando e em vez de olhar para o barranco onde se chapou, ele está olhando de lado pro carro do Amaral !!! Por que seria ???
O Ciro está na foto, imediatamente atrás, vendo tudo pilotando sua Maserati, que poucos dias antes eu
tinha visto correr em Araraquara... 

Eu acho que ele está pensando: "p.q.p..."
No site e no Blog postei fotos pequenas, então hoje vou postar uma um pouco maior e com o texto que a acompanhava, publicado na Folha de São Paulo de 8 ou 9 de setembro de 1963.
Só corrigindo esse texto da Folha, o Celso estava nessa prova disputando a quarta vitória, tri-campeão ele já era, venceu em 57, 60 e 61.
Eu já disse e não custa repetir, deviam dar seu nome à essa prova, foi o primeiro vencedor em 57, o primeiro tri-campeão e morreu disputando um 500 Km.
Que tal, "500 Quilômetros de Interlagos - Troféu Celso Lara Barberis".

Clique na imagem para ampliar

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

500 Km de POA (RS) 1958

Falando em carreteras me lembrei de que numa das conversas que tive com o ex-piloto Luiz Americo Margarido ele me relatou um episódio de 1958.
Ia acontecer a primeira edição da prova "500 Km de Porto Alegre", no Circuito da Pedra Redonda (RS), em 15 de junho, então vieram pilotos argentinos e uruguaios e de São Paulo, Celso Lara Barberis, Chico Landi, destaques na época, mais Luiz MargaridoCamillo Christofaro e José Gimenez Lopes.
Margarido correria em dupla com Celso, Landi com Gimenez e Camillo sozinho.
Mas no treino da vespera Gimenes bateu sua carretera numa árvore e ficou impossibilitado de correr. Chico Landi, nome de destaque, não poderia ficar fora, era uma das atrações da prova. Então Margarido, numa camaradagem típica da época, cedeu sua carretera #50 para que Chico, em parceria com Celso, participasse da prova, ficando apenas como expectador, ele e Gimenez. Não adiantou muito, apesar de Celso ter largado na frente perseguido por Orlando Menegaz, logo em seguida pararia por problemas no freio. Dos paulistas nenhum terminou a prova.

Me lembrei desse episódio também porque o Rui Amaral postou uns tempos atrás umas fotos dessa prova (veja mais fotos) e entre elas tinha essas duas que aproveito para ilustrar o post.

Na primeira Gimenez Lopes "admirando" o estrago em sua carretera e na segunda a dupla Landi/Barberis ao lado da carretera #50 de Margarido.
Clique nas fotos para ampliar

quarta-feira, 8 de julho de 2009

500 Km de Interlagos - Celso Lara Barberis

Eu gostava de automobilismo e acompanhava de longe, mas em 1963 fui pela primeira vez assistir uma corrida ao vivo, a “500 Km de Interlagos”, já sabia no entanto, pelos jornais e revistas, o suficiente para saber para quem torcer, Celso Lara Barberis, tri-campeão dessa prova e que tentava o quarto título, correndo em dupla com Chico Landi num Landi/Bianco/JK construído pelo "carroziere" esportivo Toni Bianco, mas, como digo no site, a primeira vez que pisei em Interlagos foi a última vez que Celso pisou em uma pista, faleceu num acidente já na primeira volta da prova, que acabou sendo vencida por Roberto Gallucci que tornou-se com a vitória, bi-campeão (já havia vencido em 1962).
Sugeri o ano passado que essa prova fosse chamada de “500 Quilômetros de Interlagos - Prova Celso Lara Barberis”, mas ainda acho que essa sugestão é valida. Porque?
O Celso foi o vencedor da primeira edição, em 1957, depois venceu as edições de 1960 e 1961 (onde, correndo com Emilio Zambello e Ruggero Peruzzo, tirou o 1° e 3° lugares), tornando-se o primeiro tri-campeão da prova, e por ultimo, morreu disputando uma 500Km, a de 1963. Nada mais justo que essa homenagem à ele.
Nos próximos anos ela pode ter o nome de outros vencedores, Luiz Pereira Bueno, por exemplo, o outro tri-campeão dessa prova.

Instantes após o toque de pneus com o carro que vai à frente, a Maserati de Amaral Jr., ele se desgoverna...
... e capota, note a marca da derrapagem, ele bate no barranco e gira no ar caindo virado para baixo.


Veja aqui um vídeo após vencer a edição de 1960 e sagrar-se bicampeão, sendo cumprimentado por amigos e familiares. (cedido por Fernando Lara)

Quem sou eu

prperalta@yahoo.com.br