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segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Autódromo de Deodoro

ATUALIZADO (1/5/2013):
No dia 30 de abril de 2013 a CBN postou um vídeo que mostra a quantidade de granadas e explosivos ainda existentes na área, vejam e percebam como fica cada vez mais difícil de acreditar num autódromo ali...
ATUALIZADO (5/5/2013):

A presença de explosivos não é o único problema do terreno doado pelo Exército ao Ministério do Esporte para a construção do autódromo de Deodoro.
Existe o risco de que o solo e o lençol freático da área estejam contaminados por resíduos desses morteiros, como nitroaromáticos e nitraminas. E a exposição a essas substâncias
pode ser nociva, inclusive até à saúde dos militares que estão atuando na remoção das bombas.

 

MENSAGEM ORIGINAL:
Bom, creio que todos já conhecem a história da destruição de Jacarepaguá e da promessa de um autódromo novo em Deodoro para substitui-lo, mas vamos dar uma rememorada:

A pista de Jacarepaguá foi inaugurada em 1966, e depois de sediar etapas de todas as categorias nacionais, provas de F-1, de motovelocidade e F-Indy teve sua pista mutilada para ceder espaço para construção do Complexo Esportivo Cidade dos Esportes para os Jogos Pan-americanos de 2007, perdendo a curva norte, uma das mais desafiadoras.
E em 2008, foi anunciada oficialmente a demolição do autódromo com o objetivo de abrigar instalações para os Jogos Olímpicos de 2016. Foi feito então um acordo que Jacarepaguá só seria demolido quando um novo fosse construído para substitui-lo, todo mundo jurou, prometeu, um presidente da C.B.A. até prometeu se acorrentar ao portão caso não fosse cumprido o acordo.
Esse novo autódromo será (ainda tem quem acredite), ou seria, construído no bairro de Deodoro, em uma área de 2,1 milhões de metros quadrados cedida pelo Exercito Brasileiro, que a usava para instruções militares. No entanto foi descoberto que na área existem explosivos não detonados.
A existência desses explosivos vem desde 1958, quando paióis de munição explodiram no local e espalharam os artefatos por toda a extensão do terreno. Desde então exercícios militares na área foram proibidos por 30 anos. Em entrevista ao site do jornal carioca "O Globo", o general João Ricardo Maciel Monteiro, comandante da 1ª Região Militar do Exército, confirmou que o terreno destinado ao autódromo é uma área de risco. Recentemente um militar morreu e dez ficaram feridos no local após a explosão de uma granada quando o grupo acendeu uma fogueira sobre a área em que o artefato estava enterrado, o que prova que 30 anos não foram suficientes.
Bem, mas a promessa ainda existe e a previsão inicial era de que a construção tivesse início e conclusão em 2012, mas em maio de 2012, após reunião em Brasília entre o presidente da C.B.A., Cleyton Pinteiro, e representantes do Governo Federal, Governo do Estado do Rio de Janeiro e Prefeitura, ficou definido que a construção do autódromo começaria em janeiro de 2013. Em julho, no entanto, foi levantado o problema de segurança e embargado o inicio das obras, agora é necessário aguardar que o exército limpe a área.

Se o autódromo estava prometido desde 2008 e já estamos em 2013 e nada começou, quem ainda acredita que um dia ele vá sair do campo das promessas?

Lembrei desse assunto porque recebi de meu amigo Napoleão Ribeiro, de Brasília, do excelente site
www.luik.com.br (não deixe de conhecer), recortes de jornais de 1950 sobre a construção de um autódromo em Deodoro em 1951. Os recortes são dos jornais: “A Noite”, “A Manhã” e “Correio da Manhã”, todos do Rio de janeiro. Segundo os mesmos, o Coronel Santa Rosa, que na época era do C.N.D. (Conselho Nacional de Desportos), órgão que hoje corresponde à Secretaria Nacional de Esportes de Alto Rendimento do Ministério dos
Esportes, e vice-presidente do A.C.B., anunciou, durante a realização de um almoço de confraternização, a construção em 1951, de um autódromo no bairro de Deodoro, no Rio de Janeiro.
Olhando os recortes enviados pelo Napoleão chega-se obviamente à conclusão que o autódromo de Deodoro não está 2 ou 3 anos atrasado, já está na verdade
com 62 anos de atraso...
E você? Ainda acredita nas promessas dos dirigentes do  automobilismo nacional?



 
Clique nos recortes para ampliar

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